Pela segunda vez, só nesta quinta perna da Volvo Ocean Race, o Telefónica Blue vai "do céu ao inferno" em apenas poucas horas. Primeiro, foi a passagem por Fiji. Agora, quando os azuis tinham conseguido pular para o primeiro lugar e estavam numa posição fantástica para ameaçar a liderança geral do Ericsson 4, tiveram o estai de proa partido.
O skipper Bouwe Bekking contou o que aconteceu: "Estávamos indo maravilhosamente bem, fazendo grandes velocidades a 15 nós de vento, quando de repente ouvi um estouro alto vindo da proa. Meu primeiro instinto foi olhar para cima, mas o mastro estava inteiro. Uma fração de segundo depois, a vela de proa caiu na água. Estai quebrado."
E, para piorar, a mestra do Telefónica Blue estava com a lâmina de Mylar, que protege o Kevlar, desintegrada, o que provocava o aparecimento de furos na grande. "Era como se 10 homens tivessem descarregado suas armas, com nossa mestra como alvo. Desde ontem (quarta-feira), estamos velejando com um rizo na grande, não é o ideal, mas o que mais podemos fazer?"
Mesmo assim, os azuis, devido ao método usado pela organização para calcular as colocações, continuam na primeira posição por estarem mais ao sul que o resto da flotilha. Depois da passagem pelo portão de pontuação do paralelo 36º S, entre a noite de quarta-feira e a madrugada de quinta, o Ericsson 4 aumentou a sua diferença para os outros na classificação geral depois de ter passado em primeiro. Em segundo, passou o Puma Ocean Racing, seguido por Ericsson 3, Telefónica Blue e Green Dragon. Com ainda mais 12 pontos pela frente, ainda há muita água pela frente. E há muita mesmo! "Quem foi que disse que estaríamos no Rio de Janeiro em 34 dias? Estava completamente enganado!!!! Mas ainda há muita comida no nosso barco," revelou Bouwe Bekking.
fonte: www.volvooceanrace.org
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