sábado, 31 de janeiro de 2009

Premiação da Regata Salvador-Ilhéus

Em instantes, a cerimônia de premiação da XII Regata Salvador-Ilhéus e do I Delta Trophy vai começar, e o Blog da FENEB traz, em exclusivo, a súmula da regata, com os três premiados por classe:
Fita Azul - Asbar III (chegou às 06h19)



RGS Regata A - Solaris (1º), VMAX 3 (2º) e Perverso (3º)
RGS Regata B - Pacha (1º) e Sinergia (2º)
RGS Cruzeiro A - Bombordo (1º), Big Blue (2º) e Miss Bianca (3º)
RGS Geral - Travessia (1º), Nó Cego (2º) e Solaris (3º)

Multicasco A - Graminho (1º) e Trisquel (2º)
Multicasco B - Rafa (1º) e Zonda (2º)

Delta 36 - Travessia (1º), Nó Cego (2º) e Chegado (3º)
Delta 32 - Aconchego (1º) e Xéu (2º)

Ilhéus Iate Clube recebe Regata Salvador-Ilhéus com recorde de presença

A XII Regata Salvador-Ilhéus foi um sucesso! Mesmo com a falta de vento na largada e durante a manhã de hoje, a flotilha baiana compareceu em massa com 24 veleiros e prestigiou o histórico e tradicionalíssimo evento promovido pelo Ilhéus Iate Clube, que este ano contou com o apoio do Estaleiro Delta Yachts e do Aratu Iate Clube.
A largada foi em frente ao Farol de Humaitá, às 13h16, mas os barcos demoraram a passar a linha, devido às brisas que enfraqueceram de repente. Uma hora depois, o vento entrou seguro, vindo de este-sudeste, e empurrou os veleiros em direção à Costa do Cacau mantendo uma força quase constante durante a maior parte da noite.
Vale ressaltar a presença da Marinha do Brasil no acompanhamento da regata, através da tripulação do Navio Varredor Aratu, que mantinha o registro de posicionamento das embarcações via rádio VHF. Também merece destaque a colaboração entre os veleiros que fizeram as "pontes" para que toda a flotilha conseguisse se comunicar com o Navio Varredor da Marinha.
Durante a madrugada, o vento "morreu", e uma grande parte da flotilha ficou quase parada entre Itacaré e Ilhéus. Os grandes Delta 32 e 36, que disputaram em paralelo o I Delta Trophy, ficaram mais próximos e a luta pelo troféu rotativo ficou ainda mais acirrada. No início da manhã, o Benetéau 40.7 Asbar III chegou ao molhe do porto do Malhado e conquistou a fita azul da Regata Salvador-Ilhéus. Neste momento, a organização ainda está processando a súmula da regata, que assim que for divulgada, o Blog da FENEB divulgará em primeira mão.

O grande "épico" da vela brasileira (Parte 1)

Uma aventura que muitos consideravam utópica acabou com um honroso terceiro lugar numa das mais difícieis regatas de todo o mundo. E esse resultado foi conquistado graças à luta e à garra de um time que manteve-se unido durante todo o percurso. Esta semana, o escolhido dentre os Veleiros que marcaram a História é o Brasil 1, que participou na edição 2005-2006 da Volvo Ocean Race.
Construído na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo, o Brasil 1 nasceu do sonho de colocar uma equipe nacional de ponta em uma competição de nível internacional. Desde quando foi construído, Deus já havia abençoado o seu barco "conterrâneo", pois por apenas 500 metros, um tornado não atingiu o estaleiro onde estava sendo construído o veleiro canarinho. Ao final da construção, tudo deu certo e o time, capitaneado por Torben Grael, e que ainda contava com os brasileiros Marcelo Ferreira, André Fonseca, Kiko Pellicano, João Signorini, Allan Adler e Enio Ribeiro, além do uruguaio Horácio Carabelli, o norueguês Knut Frostad, os neozelandeses Andy Meiklejohn e Stu Wilson, o espanhol Chuny Bermudez (que nesta VOR comanda o Delta Lloyd) e a australiana Adrienne Cahalan, que viria a ser substituída pelo holandês Marcel van Triest.
No caminho para a Galícia, na Espanha, o Brasil 1 ainda acabou batendo por acidente numa baleia, mas sem maiores danos. Na ria de Sanxenxo, onde foi disputada a primeira in-port da VOR 2005-2006, o Brasil 1 surpreendeu a toda a mídia internacional, que se questionava se "os brasileiros sabiam velejar, além de jogar bola" e chegaram na segunda posição, atrás apenas do Pirates of Caribbean. Ninguém esperava por um início tão bom!
Após o início da primeira perna "pra valer", entre Vigo e a Cidade do Cabo, o Brasil 1 recebeu um e-mail do próprio Presidente da República, que exaltava "o fato de terem zarpado já demonstra o sucesso do projeto." O Presidente Lula reconheceu a importância do veleiro canarinho para o crescimento do esporte náutico no nosso país, um momento que ficará gravado para sempre na história.
Na segunda parte da nossa reportagem, leia mais sobre a epopeia do heroi da vela nacional; tudo sobre a importância do projeto do Brasil 1 para a sociedade brasileira, que pode se orgulhar de ter tido um representante no mais alto nível do esporte náutico mundial. Na quarta-feira, leia mais sobre o Brasil 1 no "Veleiros que marcaram a História."
fonte: GRAEL, Torben. Lobos do Mar - Os brasileiros na regata de volta ao mundo. Rio de Janeiro, Objetiva, 2008 - fotos: Site Oficial do Brasil 1

Bethlem e Bianchi vencem pela sexta vez


Terminou na sexta feira (30) o 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe em Salvador. Bruno Bethlem e Dante Bianchi do Rio de Janeiro venceram o campeonato por antecipação, sendo esta a sexta vez em sete anos que levam o título. Em segundo ficou o atual Campeão Pan-Americano Alexandre Paradeda do Rio Grande do Sul, em dupla com Gabriel Kieling. Alexandre Tinôco e Filipe Novello, também do Rio de Janeiro, foram os terceiros, seguidos dos baianos Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez (Dismel / Faz Atleta / Governo da Bahia) em quarto e os paulistas Carlos Henrique Wanderley e Richard Zietemann em quinto.
O campeonato, que serviu como seletiva para o mundial, classificou os cinco primeiros colocados como representantes do país no campeonato que será realizado em San Diego na Califórnia.
O 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe teve ainda outros campeões:
Paulo Santos e Rodrigo Inacio - Campeões Master
Mário Tinôco e Matheus Gonçalves - Campeões Junior
Juliana Mota e Viviane Beghin - Campeãs Femininas
Leonardo Taboada e Mila Beckerath - Campeões Mistos
release oficial do Yacht Clube da Bahia - foto: Xico Diniz

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Chegada do Voortrekker emociona a todos no Terminal Náutico

A emoção tomou conta do píer do Terminal Náutico da Bahia na madrugada de hoje. Os seis bravos "meninos" do Voortrekker chegaram na Baía de Todos os Santos, e cruzaram a raia às 02h15, deixando todos os sul-africanos e brasileiros presentes emocionados com este momento tão importante para a História.
O Almirante Koos Louw chorou ao ver os meninos que um dia não tinham nenhum horizonte de vida comandarem com sucesso o mais importante veleiro da África do Sul, depois de terem aprendido a velejar na escola de vela de Izivunguvungu. Ao chegarem, a organização descobriu que eles tinham problemas no mastro, e que para continuar na regata eles fizeram um reparo de emergência.
Com isso, os "meninos" do Voortrekker ficarão alguns dias a mais na Bahia, até os reparos na mastreação do SA 1 ficarem concluídos. A raia da Heineken Cape to Bahia estará aberta até amanhã, dia 31/01, às 09h00. E os tripulantes do "pioneiro" irão dar uma palestra no Terminal Náutico da Bahia, na terça-feira, dia 03/02, às 19h00. Compareça!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Vídeo da chegada do MTU Fascination of Power



Enquanto todos no Terminal Náutico ficam na expectativa pela chegada do Voortrekker, fique com o vídeo exclusivo do Blog da FENEB da chegada do MTU Fascination of Power na Baía de Todos os Santos. Comentários são bem-vindos!

Seguem também algumas fotos da chegada do MTU Fascination of Power com o gennaker na Baía de Todos os Santos:
fotos: Maurício Mascarenhas

"Voortrekkers" darão palestra no Terminal Náutico

O Grupo de Trabalho Náutico do Governo da Bahia, com o apoio da FENEB, convida a toda a comunidade náutica para marcar presença na palestra que será dada pelos tripulantes do Voortrekker na edição 2009 da Heineken Cape to Bahia.
O assunto será a escola de vela de Izivunguvungu, uma iniciativa do Almirante Koos Louw para dar oportunidades a várias dezenas de crianças pobres da periferia da Cidade do Cabo na vela e a experiência vivenciada pelos três instrutores e três alunos nesta, que é a regata mais importante do calendário sul-africano. Estejam todos presentes no Terminal Náutico da Bahia, no dia 03/02 (terça-feira) às 19h00.

Bethlen e Bianchi vencem as duas regatas do dia e abrem vantagem rumo a mais um título


O vento esteve mais ameno no quarto dia de regatas do 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe em Salvador. As ondas continuaram grandes em função da forte maré e o vento se manteve em torno dos 10 nós.
Com uma regularidade impressionante a dupla carioca Bruno Bethlem e Dante Bianchi venceram as duas regatas do dia, sétima e oitava do campeonato e abrem oito pontos de vantagem sobre os segundos colocados, os gaúchos Alexandre Paradeda e Gabriel Kieling. Paradeda é o atual Campeão Pan-Americano da classe Snipe.
Em terceiro lugar está agora mais uma dupla carioca, formada pelos velejadores Alexandre Tinôco e Filipe Novello. Os baianos Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez (Dismel / Faz Atleta / Governo da Bahia) perderam mais uma posição e estão agora em quarto lugar, empatados em número de pontos com os paulistas Carlos Henrique Wanderley e Richard Zietemann.
A grande final do campeonato será nesta sexta feira (30), quando serão realizadas as duas últimas regatas do campeonato.


release oficial do Yacht Clube da Bahia - foto: Xico Diniz

Voortrekker chegará nas próximas horas


As atenções da imprensa náutica sul-africana estão voltadas para a Heineken Cape to Bahia. Durante a noite de hoje, é esperada a chegada daquele que é o veleiro mais tradicional de todo o país. Comandado por Marcello Burricks, instrutor da academia de vela de Izivunguvungu, e tripulado por mais dois instrutores e três alunos, o Voortrekker deverá chegar à Baía de Todos os Santos às 23h.
Há uma hora, o outro barco da Marinha Sul-Africana, o MTU Fascination of Power, chegou ao Terminal Náutico da Bahia e foi recebido com festa. Eles chegaram na Baía de Todos os Santos com o gennaker e o barco quase todo adernado, promovendo um espetáculo nas águas baianas. Eles cruzaram a linha de chegada, entre a bóia verde do Banco da Panela e o molhe sul do Porto de Salvador, às 16h09m22s. Neste momento, eles ocupam a sexta posição no tempo corrigido (handicap), à frente dos britânicos Jacana e Smooth Torquer.
foto: Maurício Mascarenhas

O Guia da Regata Salvador-Ilhéus!

A Regata Salvador-Ilhéus é amanhã, e as tripulações já começam a preparar o barco para a única regata oceânica do estado da Bahia, que chega à sua 12ª edição. Hoje, o Blog da FENEB fará uma análise do percurso, de acordo com a previsão do tempo fornecida pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE).
A largada em Salvador será às 13h00, nas proximidades da Ponta do Humaitá, e os veleiros terão que passar pelo gate do Farol da Barra, antes de aproar em Ilhéus. Esse trecho da Baía de Todos os Santos promete ser um trecho calmo, sem muitas ondas, e o vento de 15 nós do nordeste ajudará à flotilha, dando uma oportunidade para os primeiros abrirem já uma pequena liderança.
A segunda etapa é a saída do Farol da Barra e a entrada no oceano. Com o prognóstico de ondas de leste, não se deve esperar por muita dificuldade, pois as ondas serão de, no máximo, um metro e trinta centímetros. Mantenha-se longe do Banco de Santo Antônio, senão as ondas certamente serão um problema!
Nas próximas horas, o Sol se esconderá atrás do continente e os veleiros deverão ter uma viagem com uma brisa tranquila até chegar em Morro de São Paulo, praticamente o "marcador" do primeiro terço da viagem. Ao cair da noite, o vento cairá para cerca de 8 nós de nordeste e a altura das ondas se estabilizará em um metro. Atenção redobrada para as redes de pesca e pescadores sem iluminação! Se você vier costeando, verá a plataforma de Manati iluminada a bombordo, na altura de Boipeba.
No início da madrugada, os líderes deverão passar no través da baía de Camamu e do Farol de Taipus de Fora e deverão enfrentar uma queda brusca no vento. A maioria da flotilha vai bem próxima ao continente, para pegar a brisa do "terral" pela manhã. Vento de no máximo 10 nós de nordeste e ondas pequenas de leste.
Algumas horas depois, já pode-se ver na proa o reflexo da iluminação de Ilhéus e o farol da foz do Rio de Contas, em Itacaré. Passar pelo farol ainda na madrugada é crucial para uma boa chegada na "Cidade de Gabriela", já que a forte correnteza do rio pode atrasar e muito a viagem. O último terço da viagem deverá ser bem calmo, sem maiores problemas. A maioria deverá chegar com o Sol nascendo ou já em cima. Exceções claro, aos mais rápidos. Ano passado, o multicasco Maguni, comandado por Eduardo Costa chegou à "Capital do Cacau" às 10 horas da noite do dia da largada! Muito rápido!
Éolo será generoso na chegada a Ilhéus, com ventos de 15 nós de nordeste empurrando a flotilha em direção à chegada no Ilhéus Iate Clube. Hoje, dia 29/01, pela noite, haverá uma reunião de comandantes na sede do co-organizador, o Aratu Iate Clube. Amanhã, dia 30/01, será a largada, e no sábado, dia 31/01, haverá a festa de premiação na cidade de Ilhéus. Nos veremos vocês lá! Boa regata a todos!

Bouwe Bekking: "A perna mais difícil da minha vida."

O skipper holandês do Telefónica Blue é conhecido por não aumentar muito as coisas, e certamente esse comentário não foi exceção. E, embora a tripulação estivesse feliz por ter chegado em primeiro nessa perna da Volvo Ocean Race, certamente estavam muito mais felizes por ter chegado em Qingdao sãos e salvos.
Para complicar um pouco mais as coisas para o trio da liderança, que ainda tinha Puma e Ericsson 4, a tarde de hoje em Qingdao (madrugada, horário da Bahia) teve direito a uma forte neblina. Mas quem falou em complicar? Graças a esta neblina, os grandes VO70 puderam desenvolver velocidades acima dos 10 nós e pôr as Code Zeros para cima. Às 15h00m25s (04h00m25s, horário da Bahia), o Telefónica Blue cruzou a linha de chegada da quarta perna da VOR debaixo de forte neblina (confira no vídeo oficial da chegada deles), e levou para a Espanha os oito pontos destinados ao vencedor, pulando para 41.5 pontos na classificação geral. Foram recebidos no porto com muita festa, com direito a fogos de artifício. Após cruzarem a "Grande Muralha da China", que liga o porto à vila da regata, Bouwe Bekking e seu time tiveram um receptivo especial.
A emoção de ter chegado certamente tomou conta do holandês: "Não vou esquecer disto tão depressa. Mas eu queria. Nós vencemos a perna e isso é ótimo: estamos de volta a esta corrida. Mas chegar seguro e com o barco inteiro é mais importante." Quem está mais feliz ainda é o gerenciador da equipe de terra do time Telefónica, Campbell Field, que já tem um buraco e uma fissura para consertar no Telefónica Black. O time azul andou pelo tapete vermelho da vila da regata, e Bekking usou um capacete e uma capa cerimoniais e usou um machado, enquanto acenava para o público: "Essa perna provou que nós temos um bom barco e uma boa tripulação. Estou feliz por estar aqui!" Mesmo? Disso ninguém duvida!
O Puma Ocean Racing cruzou a raia pouco mais de uma hora depois, às 16h17m36s (05h17m36s, horário da Bahia), e foi premiado com os sete pontos pela segunda colocação. Depois da retranca quebrada, parecia impossível para os então-líderes conseguir voltar à ativa, e ainda chegar na segunda posição. Logo depois, quem chegou foi o Ericsson 4, às 17h04m (06h04m, horário da Bahia), que fez o suficiente para manter a liderança na classificação geral da Volvo Ocean Race (veja na nossa barra lateral). Com a distância entre o líder Ericsson 4 e o terceiro Puma tendo se reduzido para apenas 7 pontos, a in-port de Qingdao daqui a uma semana poderá valer muito mais para a disputa da liderança, já que a quinta perna valerá literalmente "o dobro", pois terá dois portões de pontuação, elevando o máximo possível a se conquistar para 16 pontos.
Ainda falta chegar o veleiro "da casa", o Green Dragon, que está a 343 milhas da chegada, que terá um longo percurso de orça pela frente, mas felizmente não precisará cambar muito. Além do dragão, ainda temos o Ericsson 3 e o Delta Lloyd, que oficialmente declararam "regata suspensa" (e, com isso, podem utilizar ajuda externa por um período mínimo de 12 horas) e, pelo menos na teoria, ainda podem ir para a água e tentar conseguir alguns pontinhos dessa perna. O único que não pode mais ganhar nada é o Telefónica Black, que abortou definitivamente e agora só se concentra nos consertos do barco para daqui a uma semana correr a in-port race de Qingdao.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"Se lembra da última perna..."

"... quando o Ericsson 4 (na 1ª foto) tinha uma boa liderança, fez uma escolha ruim e ficou sem vento, e nós aparecemos como tubarões sem piedade?" Agora, Bouwe Bekking e o Telefónica Blue encontram-se na mesma situação, com menos de 100 milhas faltando para a chegada e vendo o Puma Ocean Racing e o próprio Ericsson 4 com condições melhores de vento e preparados para o assalto à liderança. O skipper holandês dos azuis reconhece que a sorte está pendendo para o lado dos pretendentes à primeira posição: "Temos uma longa noite fria pela frente. Nós temos acesso aos updates (atualizações do posicionamento) a cada três horas para ver como os outros barcos estão, para pelo menos tentar cobrí-los o máximo possível. É bem simples ficar entre a chegada e os seus oponentes, é um "pedaço de torta", mas tenho certeza que teremos direito a um pouquinho."
Os grandes VO70 deverão chegar a Qingdao pela tarde (início da manhã, horário da Bahia), isso se as famosas calmarias ou as redes de pesca não atrapalharem a vida de Bouwe Bekking (na 2ª foto), Ken Read e Torben Grael. Logo pela manhã, o Blog da FENEB trará as últimas notícias do porto chinês de Qingdao e um relatório completo sobre a chegada do Telefónica Blue, Puma Ocean Racing e Ericsson 4.

Bethlem e Bianchi se mantêm na liderança

Com mais duas regatas realizadas na quarta feira (28) o Campeonato Brasileiro da Classe Snipe entra na reta final, com mais quatro regatas programadas até o dia 30/01.
Com um segundo lugar e um sexto, nas regatas da quarta feira, a dupla carioca Bruno Bethlem e Dante Bianchi, Campeões Brasileiros em 2008, se mantêm na liderança. Os gaúchos Alexandre Paradeda e Gabriel Kieling vêm crescendo no campeonato e ocupam agora a vice-liderança. Os baianos Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez (Dismel / Faz Atleta / Governo da Bahia) não tiveram um bom dia e cairam para a terceira colocação, após um décimo segundo e décimo terceiro nas duas regatas do dia.
O campeonato segue com o tradicional clima de alegria e descontração da classe Snipe. Na noite da quarta feira (28) será realizado um jantar de confraternização no Yacht Clube da Bahia.


release oficial do Yacht Clube da Bahia - foto: Xico Diniz

TeleBlue, Ericsson 4 e Puma brigam pela ponta

Apenas quatro barcos estão, nesse momento, indo para Qingdao na Volvo Ocean Race, já que o Delta Lloyd no início da manhã (início da noite, horário da Bahia) também declarou "regata suspensa" e atracou em segurança no porto de Keelung às 06h05 (19h05 de ontem, horário da Bahia). Com isso, o Telefónica Blue (na 1ª foto) continua liderando a flotilha, a apenas 215 milhas do porto chinês, com o Puma Ocean Racing e o Ericsson 4, por uma diferença menor que uma milha, na segunda e terceira posições. O Green Dragon é o único que sofreu danos sérios no barco e ainda continua na regata, a 327 milhas dos azuis.
Porém, Bouwe Bekking tem vários motivos para se preocupar com a batalha acirrada entre Ken Read e Torben Grael. Primeiro, a alta pressão sobre a Coréia do Sul pegou o Telefónica Blue primeiro. Como os ventos em torno do centro de alta pressão giram no sentido horário (no hemisfério norte), os azuis têm neste momento uma brisa de leste soprando ao seu favor. Porém, eles terão que jaibear para manter o rumo em Qingdao; Puma e Ericsson 4 poderão seguir direto. Segundo, os ventos serão muito mais fracos do que antes, e a maior parte, senão todo, do enxoval de vela que os VO70 trouxeram para esta perna é para ventos fortes, e os azuis são os que mais têm a perder.
A estratégia ultra-conservadora do Ericsson 4 deu certo: nos primeiros dias, o time de Torben Grael estava sempre nas últimas posições, conservando o barco. Ao passar pelo estreito de Luzon com relativa facilidade, a tripulação do Ericsson 4 sabia que, se tivesse forçado o barco, poderia estar junto com o seu irmão Ericsson 3 (na 2ª foto)... Mas os ventos fortes acabaram por levar todos os anemômetros do barco, fazendo com que a navegação se tornasse mais difícil: "Estamos sem instrumentos desde o Cabo Bojeador (norte das Filipinas), já fazem quatro dias e isso torna as coisas mais difícieis na hora de mudar a direção com segurança, especialmente à noite," conta Horácio Carabelli, que esteve junto com Torben no Brasil 1, na última edição da VOR. No vídeo gravado pela tripulação ontem, chamado "Ficando Frio", o proeiro Phil Jameson mostra os vários rasgos que a mestra sofreu.
Os bravos velejadores devem chegar ao destino nos próximos dois dias, mas ainda há muito a ser disputado, tanto na água como em terra também! Ericsson 3, Delta Lloyd e Telefónica Black terão que apressar os seus consertos para poderem participar na regata in-port de Qingdao ou então na largada da próxima perna, que terá como destino o Rio de Janeiro.

Governador recebe a organização da Cape to Bahia, o GT Náutico e a FENEB

O dia de ontem foi marcante para o esporte baiano especialmente para esporte náutico com ações do Governo da Bahia no sentido de promover a ação social do esporte e fazer com que cresça o interesse da população na prática esportiva.
Pela manhã, na Fundação Luís Eduardo Magalhães, o Governador Jaques Wagner sancionou a lei que dará bolsas para os atletas de alto rendimento, além de também poder ajudar os treinadores que realizam um trabalho social. O Diretor-Geral da SUDESB, Raimundo Nonato Tavares da Silva, o Bobô, citou durante seu pronunciamento a importância e o crescimento do Esporte Náutico, mencionando a chegada da Heineken Cape to Bahia como um evento único, já que foi a primeira vez que um veleiro de 100 pés chegou ao nosso estado em regata.
Minutos depois, na Governadoria, o Governador Jaques Wagner recebeu o Comodoro do Royal Cape Yacht Club, John Martin, a assessora de mídia, Jeanne van Rooyen e o Almirante da Marinha da África do Sul, Jacobus Louw, todos da comissão de regata da Heineken Cape to Bahia. O Governador também recebeu a equipe do Grupo de Trabalho Náutico (GT Náutico), o Presidente da FENEB, Arnaldo Pimenta e o Blog da FENEB elogiando o trabalho conjunto do GT Náutico e da Federação ao promover o desenvolvimento da vela na Bahia.
O Governador Jaques Wagner ficou muito interessado no potencial do crescimento turístico e no intercâmbio cultural entre a Cidade do Cabo e Salvador. O comodoro John Martin fez vários elogios à Bahia durante a reunião, e disse que estavam muito felizes pela ação do Governo em receber a regata de braços abertos e confirmou, desde já, a edição 2012 da Cape to Bahia. O Almirante Jacobus Louw falou sobre o Voortrekker, que está vindo para a Bahia tripulado por três instrutores e três alunos da escola de vela de Izivunguvungu, cujo projeto de inclusão social através da vela agradou muito ao Governador, que mostrou interesse em desenvolver um projeto semelhante no nosso Estado.
Ao final da reunião, os sul-africanos receberam presentes da Bahia: uma estátua de Oxóssi, um livro com o acervo do Solar do Unhão e um livro sobre as árvores típicas do estado. O Governador recebeu do comodoro John Martin uma flâmula do Royal Cape Yacht Club e uma gravata do clube, além de uma camisa da Heineken Cape to Bahia e do almirante Louw, Wagner recebeu uma garrafa de vinho sul-africano, com a assinatura do comandante da Marinha da África do Sul.

fotos: Arnaldo Pimenta e Maurício Mascarenhas.

O pioneiro da vela sul-africana (Parte 2)

Hoje, a série Veleiros que marcaram a História continua com a reportagem sobre o Voortrekker, o pioneiro da vela sul-africana, e o projeto da volta do histórico veleiro que possui o numeral SA 1 à disputa do South Atlantic Trophy, que ele mesmo ajudou a criar e quem são os seis tripulantes do veleiro mais famoso da África do Sul.
O almirante Jacobus Louw nos contou de onde eles vieram: "Todos são da escola de vela Izivunguvungu, que em zulu significa um novo vento forte, sendo que o skipper, o co-skipper e o navegador são instrutores e os outros são alunos. A escola utiliza as instalações da Marinha da África do Sul, e conta com a parceria do Royal Cape Yacht Club e de uma grande empresa de logística marítima. Nós trazemos as crianças dos bairros de lata e as ensinamos a velejar desde os 9 anos até quando completam 20 anos," disse o almirante.
A escola de vela já deu resultados importantes para a vela local, segundo o almirante. "Nosso objetivo é prepará-las para serem competitivos no esporte, e os instrutores delas são todos bons velejadores. Inclusive, três dos instrutores já foram alunos e estão no Voortrekker exatamente agora vindo para cá! É a primeira vez que temos uma tripulação composta apenas por eles."
"Temos três campeões nacionais nas classes 420, L26 e Dinghy, e os meninos competem em várias classes, algumas delas olímpicas. Já ganhamos o prêmio de Melhor Contribuição para a Vela Sul-Africana, entregue pela Província Ocidental da SA Sailing," contou o almirante Louw. "Além disso, um ex-músico da Marinha dá aulas para as crianças, e o nosso coral já foi campeão dentre 14 outros; os engenheiros da Marinha dão aulas de matemática e eles têm um espaço onde podem fazer o dever de casa."
Para a Heineken Cape to Bahia, os seis escolhidos receberam o comando do lendário Voortrekker, e o almirante Jacobus Louw está agradado com o desempenho deles: "As velas são velhas, e a única nova que eles têm é o spinnaker, que foi feito para esta viagem. Enquanto os outros barcos fazem campanhas com muito dinheiro, nós tivemos apenas 20 mil dólares para esta, sendo que o Rambler doou 5 mil. Claro que estou satisfeito com a nossa 'campanha de 20 mil dólares'!" disse o almirante Louw, aos risos.


foto: Almirante Jacobus Louw

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bethlen e Bianchi assumem a ponta

Mais um dia com bastante sol, ondas e ventos em torno de 18 nós, quando mais duas regatas foram realizadas pelo 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe em Salvador.
Até agora o campeonato tem sido marcado por uma acirrada disputa entre os baianos Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez (Dismel / Governo da Bahia / Faz Atleta) e os cariocas Bruno Bethlen e Danti Bianchi, atuais Campeões Brasileiros.
O dia começou com Tavares e Perez na liderança com um ponto de vantagem, que foi ampliada após a vitória da dupla na primeira regata do dia e terceira do campeonato, tendo Bethlen e Bianchi em segundo.
Com uma largada ruim na segunda regata do dia (quarta do campeonato) a dupla baiana teve que fazer uma regata de recuperação, saindo em décimo quinto para chegar na quarta colocação. Os cariocas Bethlem / Bianchi, venceram e assumiram a ponta, tendo agora um ponto de vantagem sobre os baianos.
Na terceira colocação está o atual Campeão Pan-Americano Alexandre Paradeda do Rio Grande do Sul, que faz dupla com Gabriel Kieling. A dupla subiu uma posição após as regatas da terça feira.
Faltando ainda seis regatas para o final do campeonato, a expectativa é de grandes disputas até a próxima sexta feira 30, último dia do evento.
release oficial do Yacht Clube da Bahia - foto: Xico Diniz

Delta Lloyd e Ericsson 3 rumam para Taiwan depois de "quase afundarem"


Dois barcos da Volvo Ocean Race sofreram rachaduras sérias na área da proa e foram forçados a procurar abrigo na ilha de Taiwan. A maior decepção é do Ericsson 3, já que eles estavam na segunda colocação, à frente do "irmão" Ericsson 4 e disputando a liderança com o Telefónica Blue. Durante a noite, os nórdicos enfrentaram rajadas de vento de 30 nós e ondas de 7 metros de altura, até que eles descobriram que estava entrando água no barco através de "uma rachadura de quatro metros e um buraco aberto" na parte frontal do casco.
"Ontem à noite eu estava aterrorizado e hoje ainda foi pior. Durante a noite, o vento saiu de 10 nós e foi para 40 e o mar rapidamente ficou muito arisco. O barco ficava quase suspenso no ar algumas vezes, e estava batendo muito e balançando incontrolavelmente," disse o encarregado de mídia do Ericsson 3, Gustav Marin. "Eu estava sentado na cabine gravando toda a ação e assistindo-a ao vivo. Uma experiência surrealística. Nas maiores ondas, as câmeras se desligavam sozinhas e eu cruzava meus dedos para que todos os rapazes voltassem a aparecer na tela da câmera quando voltasse a gravar. Nós estávamos afundando! A água jorrava pelo buraco e a seção da proa estava deslaminando. Todos trabalhavam como loucos, bombeando, enchendo baldes e usando esponjas para tirar a água do barco."
A situação era quase emergencial no barco comandado por Magnus Olsson, como relatou Marin: "Agora estou sentado em cima da minha roupa de sobrevivência e todo o equipamento de segurança está pronto no convés. Se o estado do mar piorar de novo, o reforço provavelmente vai quebrar e o barco vai afundar rapidamente." Felizmente, às 18h46 (07h46, horário da Bahia), o Ericsson 3 chegou são e salvo ao porto de Keelung, em Taiwan, e declarou a regata como suspensa para eles enquanto avaliam os danos.
Mais tarde, o Delta Lloyd também relatou que estaria seguindo para o porto de Keelung, depois que uma fissura na proa e a deslaminação da estrutura estavam permitindo a entrada de água no barco. "Estamos um pouco desapontados, porque a gente realmente queria ir bem nesta perna. Mas o Chuny (Chuny Bermudez, comandante) não arrisca nada quanto à segurança da tripulação," disse o encarregado de mídia Sander Plujim.
"Quando descobrimos a rachadura, estávamos com uma storm jib e três rizos na mestra. Especialmente, com o frio chinês vindo pela frente, seria irresponsável continuar correndo. Informamos a guarda costeira de Taiwan e colocamos o procedimento de segurança em operação," afirmou Plujim. Até o momento, o Delta Lloyd ainda não abortou a regata pois ainda irá checar a gravidade do problema.
UPDATE: De acordo com o último relatório de posicionamentos, a organização confirmou que o Delta Lloyd declarou a regata suspensa. Assim que maiores detalhes forem liberados, o Blog da FENEB irá divulgar as últimas notícias. (27/01, 19h21)


Cruzeirões da Cape to Bahia estão para chegar

Ainda faltam quatro dias para a raia da Heineken Cape to Bahia ser fechada, mas uma grande parte dos veleiros estão bem posicionados e com chances reais de chegar até o dia 31. Na classe IRC, todos estão a menos de 800 milhas da cidade de Salvador, sendo o britânico Smooth Torquer o último colocado, a 776 milhas da Bahia. O mais próximo, que deve chegar nas próximas horas, é o sul-africano Hi-Fidelity, que de acordo com o último relatório, está a 196 milhas da capital baiana.
Na classe cruzeiro, de acordo com o relatório, o único a chegar foi o inglês Kealoha 8. O alemão Strega não enviou o relatório de posicionamento à organização, mas deverá chegar nas próximas horas de acordo com a previsão da comissão de regata. Espera-se que nos próximos dias cheguem os sul-africanos Avanti, Extasea e Alley Cat, o português Faraway, o neozelandês Island Fling, o francês Branec IV e o brasileiro Angela II. A festa de premiação será no domingo, 1º de fevereiro, no Yacht Clube da Bahia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez começam na frente


O primeiro dia de regatas do 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, segunda feira, 26, terminou com os baianos Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez (Dismel / Governo da Bahia / Faz Atleta), do Yacht Clube da Bahia, em primeiro após conquistarem um segundo lugar na primeira regata e vencerem a segunda.
Os atuais Campeões Brasileiros e Campeões Pan-Americanos em 2003 Bruno Bethlem e Danti Biachi do Iate Clube do Rio de Janeiro estão em segundo a apenas um ponto atrás dos lideres, com Alexandre Tinôco e Filipe Novello (Ronstan) também do ICRJ em terceiro. Em quarto está o atual Campeão Pan-Americano Alexandre Paradeda, do Rio Grande do Sul, que faz dupla com Gabriel Kieling. Em quinto está o baiano Mário Urban (Meias Dallf) e Victor Martins representando o Yacht Clube da Bahia.
As regatas foram realizadas sob muito sol, ondas grandes e ventos entre 12 e 18 nós.
Para a terça feira (27) estão programadas mais duas regatas. O 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe está sendo realizado em Salvador, sob a organização do Yacht Clube da Bahia. O evento terminará no dia 30 de janeiro após a realização de dez regatas.


Telefónica Blue prevenido sofre rachadura mas não teve maiores problemas

Diz o velho ditado que é melhor prevenir do que remediar, e Bouwe Bekking levou o dizer popular ao pé da letra. Hoje, o Telefónica Blue relatou que sofreu uma colisão com um obstáculo não-identificado. "Eu achei que já tínhamos visto de tudo, e agora isto? Tivemos uma colisão com um objeto e agora temos um rombo na proa." Calma, amigo leitor! Não há motivo para pânico! "Por sorte, o que foi embora foi o nosso conhecido 'pára-choque de proa', que tem 40 centímetros de espessura e foi especialmente desenhado tendo isto em mente," conta o skipper holandês do barco azul da Volvo Ocean Race.
"A proa estrutural 'de verdade' fica mais pra dentro, por isso não embarcamos nada de água. A outra notícia ruim é que estamos de novo numa tempestade, com rajadas de 45 nós. A mestra está quase toda enrolada na retranca, e agora só temos pouco pano em cima. As ondas estão ainda mais confusas do que 48 horas atrás, então vamos tentar forçar menos ainda o barco. 'Modo de sobrevivência' ativo de novo."
No relatório de posições da meia-noite (11h00, horário da Bahia), a liderança do Telefónica Blue foi por água abaixo. Neste momento, eles estão a 35 milhas no través do Cabo Sandiao, na ilha de Taiwan, faltando 653 milhas para Qingdao. Com "dois homens a menos" (o skipper Bouwe Bekking com as costas machucadas e Daryl Wislang com dores no ombro), os azuis perderam 16 milhas para o Ericsson 3, que agora se localiza a 40 milhas da liderança. O comandante brasileiro Torben Grael segue em terceiro com o Ericsson 4, a 72 milhas do barco azul.
Dentre os machucados, o Puma Ocean Racing (retranca quebrada) está a 82 milhas atrás; o Delta Lloyd (roda de leme quebrada e mestra rasgada) já cruzou o Estreito de Luzon e está a 191 milhas do líder; e o Green Dragon (problemas no forestay e rachaduras na proa - duas vezes) fica na última posição a 231 milhas.

Alegria na África do Sul! Hi-Fidelity e Voortrekker chegarão nos próximos dias

Depois de 14 dias de regata, toda a flotilha da classe IRC da Heineken Cape to Bahia está em condições de completar a regata dentro do tempo limite, que é na noite do sábado, dia 31 de janeiro, mesmo com os ventos fracos que enfrentaram nos últimos dias.
Os veleiros estão com ventos moderados a cerca de 870 milhas da chegada. Voortrekker e Jacana estão lutando bravamente pela quarta posição no tempo corrigido, atrás do Hi-Fidelity.
O Voortrekker está bem posicionado para ser o quarto barco a chegar na Bahia atrás do ICAP Leopard, Rambler e Hi-Fidelity - um grande resultado para esses jovens velejadores de Izivunguvungu. Neste momento, o Voortrekker está 28 milhas atrás do outro barco da Marinha Sul-africana, o MTU Fascination of Power. Existe uma óbvia rivalidade entre os dois barcos da cidade de Simon's Town, que é uma importante base da Marinha da África do Sul.
O comitê de boas-vindas está ansioso por ver o Hi-Fidelity cruzando a linha de chegada no início da tarde de terça-feira, já que será o primeiro barco sul-africano da classe IRC a chegar, bem atrás do ICAP Leopard e do Rambler.
O cruzeirão de 72 pés Kealoha 8, de bandeira britânica, foi o primeiro da classe cruzeiro a chegar na Bahia, no início da manhã de ontem, completando a travessia do Atlântico Sul através da ilha de Santa Helena em 21 dias, 21 horas, 12 minutos e 2 segundos.

release oficial da organização da regata - Créditos: Jeanne van Rooyen

domingo, 25 de janeiro de 2009

Problemas na proa do Green Dragon pela terceira vez

Depois do forestay e da antepara de proa quebrados, o Green Dragon sofre seu terceiro contratempo apenas na quarta perna da Volvo Ocean Race. Depois de declarar que a regata deles estava suspensa, eles tiveram que ficar obrigatoriamente 12 horas parados, que foram aproveitadas para fazer um reparo na estrutura do casco e voltaram a correr às 16h45 de hoje (05h45, horário da Bahia). Seis horas depois, eles perceberam que o conserto não estava surtindo o efeito esperado, e foram forçados a voltar ao abrigo.
De acordo com o relatório do site oficial, a tripulação estima o tempo de espera por condições melhores para cruzar o Estreito de Luzon em aproximadamente 20 horas, e que ainda estão pensando no que vai ser a melhor alternativa para a equipe.
Navegando de volta em direção à Baía de Subic, o Telefónica Black, que ontem abandonou definitivamente a quarta perna, espera encontrar a equipe de terra para proceder com os reparos necessários na rachadura que sofreram no casco. O objetivo é consertar o barco para a regata in-port de Qingdao, ou para a quinta perna, que partirá em direção ao Rio de Janeiro.
Neste momento, o Telefónica Blue está na liderança, depois de ter enfrentado "no peito e na raça" o Estreito de Luzon e ainda tem 751 milhas até o porto de Qingdao. Depois, estão o Ericsson 3 (a 51 milhas), o Ericsson 4 (a 58 milhas) e os machucados Puma Ocean Racing (a 201 milhas) e Delta Lloyd (a 293 milhas).

Alexandre Tinôco e Filipe Novêllo vencem regata de abertura


Uma belíssima regata abriu o 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe em Salvador. Um dia belíssimo de sol, no qual a Baía de Todos os Santos ficou ainda mais bela com a participação de 46 barcos, que velejaram bem próximos às praias do Porto da Barra e Farol da Barra.
Ao todo são 57 participantes, da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Paraná, porém, alguns não participaram da regata de abertura, que não conta pontos para o campeonato. A disputa fica válida realmente a partir da segunda feira (26).
A regata de abertuta foi vencida pelos cariocas Alexandre Tinôco e Filipe Novello, do Iate Clube do Rio de Janeiro. Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez (Dismel / Governo da Bahia / Faz Atleta), do Yacht Clube da Bahia foram os segundos colocados, com Mário Tinôco e Mateus Gonçalves também do Rio de Janeiro em terceiro.


release oficial do Yacht Clube da Bahia - foto: André Carvalho

O pioneiro da vela sul-africana (Parte 1)

Nesta edição da Heineken Cape to Bahia, um dos barcos chama a atenção pela sua importância histórica para a África do Sul, sendo inclusive o detentor do numeral SA 1. Estamos falando do Voortrekker, o veleiro que participou da primeira largada para a disputa do South Atlantic Trophy, a travessia do Oceano Atlântico entre a África do Sul e o Brasil e que também já deu a volta ao mundo em 1970.

Construído em 1967 pelo Almirante da Marinha da África do Sul Jacobus Louw com um método único na época, que consistia em duas camadas muito finas de madeira e fibra, o Voortrekker tinha a característica de ser muito leve e muito rápido. Participou da primeira Cape to Rio em 1971, e ganhou fama entre os velejadores sul-africanos, que admiravam a velocidade do barco. Não é à toa que o nome, em africâner, significa "aquele que caminha à frente".

Porém, após a Cape to Rio de 2001, o Voortrekker foi docado e ficou numa carreta por bastante tempo, e havia a possibilidade de guardá-lo em um museu devido à importância do "barco mais famoso da África do Sul", segundo o almirante Louw. E foi o próprio almirante que começou o projeto de levar o "pioneiro" de volta às águas. "Há três anos tirei toda a fibra do barco, e fiquei feliz por ver que a madeira estava perfeita! Logo depois, re-fibramos o barco."

Mas quem o tripularia? Vários dos maiores velejadores sul-africanos já tiveram a honra de fazerem parte da tripulação, dentre eles o comodoro do Royal Cape Yacht Club, John Martin. Mas um projeto de formação de novos velejadores daria a resposta a essa pergunta e deixaria o almirante Louw orgulhoso de ver o veleiro que ele criou sendo competitivo dentre tantos veleiros mais modernos. Na segunda parte desta matéria, conheça mais sobre a escola de vela Izivunguvungu e o início da preparação do projeto de trazer o Voortrekker de volta à regata que ele mesmo ajudou a criar.

"Black Out"

A fortíssima tempestade no Estreito de Luzon fez sua primeira vítima definitiva. Hoje, às 12h30 (01h30, horário da Bahia), o Telefónica Black. Desde ontem, havia uma certa preocupação com o barco devido a um relato de que a tripulação ouviu um crack na junta entre o casco e o convés. Quando foi anunciada a retirada definitiva do barco negro da 4ª perna da Volvo Ocean Race, o CEO da equipe, Pedro Campos, revelou que há uma preocupação maior com a segurança da tripulação: "Estou realmente orgulhoso do trabalho que as nossas equipes fizeram, encontrando uma tempestade após deixar a costa das Filipinas."
Já o Telefónica Blue está lidando com as ondas e o vento fortíssimo com maestria e habilidade, estando a menos de 50 milhas da ponta sul de Taiwan, e provavelmente irão passar ao leste desta. Bouwe Bekking, skipper do time, afirmou que as condições no barco tinham ficado um pouco melhores, mas ainda estava "horrível". "Eles todos trabalharam como um grande time nas últimas 36 horas. Eu estando preso no meu lugar, com as costas machucadas, a única coisa que eu podia fazer era ficar acordado e dar minhas opiniões e conselhos - o principal era, 'RAPAZES, MANTENHAM O BARCO EM UM PEDAÇO SÓ!!'"
Depois do líder, está o Ericsson 3, a 64 milhas e cheio de confiança no seu equipamento. Logo atrás, Torben Grael e o Ericsson 4, a 100 milhas dos "azuis". O Puma Ocean Racing deixou o abrigo às 6 da manhã (19h00 de ontem, horário da Bahia) depois de quebrar a retranca, e está fazendo algum progresso, estando a 200 milhas do líder. O Delta Lloyd e Green Dragon estão juntos na Baía de Salomague nas Filipinas, fazendo reparos no que foi quebrado: a mestra e a roda de leme do Delta Lloyd e a antepara de proa do Green Dragon.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Hi-Fidelity não chega e Rambler comemora!

O South Atlantic Trophy já tem dono! O Hi-Fidelity não conseguiu chegar até o limite simbólico que daria à África do Sul o troféu da Heineken Cape to Bahia no tempo corrigido, deixando assim os americanos do Rambler na primeira posição e o vencedor do Troféu De Beers, o inglês ICAP Leopard, na segunda posição. Parabéns à tripulação do super-maxi americano pela conquista!

fonte: www.southatlanticrace.co.za - foto: Maurício Mascarenhas

Os três mosqueteiros contra as fortes tempestades

Dos sete que largaram nesta quarta perna da Volvo Ocean Race, três ainda continuam bravamente no caminho para Qingdao. Neste momento, a missão de Bouwe Bekking, Magnus Olsson e de Torben Grael é conduzir os seus Telefónica Blue, Ericsson 3 e Ericsson 4 pelo temido Estreito de Luzon garantindo a segurança tanto da estrutura do veleiro quanto da tripulação e, somente depois desta estar assegurada, conquistar o primeiro lugar da perna.
Dos três, a situação mais preocupante é a do Telefónica Blue. Eles se lançaram ao estreito e estão enfrentando as piores condições dentre os que ainda correm. O comandante Bekking diz que agora e nas próximas 36 horas é "uma questão de sobrevivência". "Vamos ficar calmos, temos muita coisa em jogo." Foram eles que enfrentaram os picos de 14 metros de ondas e 50 nós de vento e são os que se encontram mais distantes de abrigo.
Em segundo lugar está o Ericsson 3, que no início da madrugada (fim de tarde na Bahia) pôs a proa para fora do Estreito de Luzon, e provavelmente não gostou muito do que viu: "Os bangs e crashs às vezes são tão brutais que você realmente imagina se aquilo vai quebrar ou não. E se você não tiver um bom lugar para se segurar e um bom lugar para pôr os pés, você vai se machucar e muito," disse Gustave Morin, encarregado de mídia dos suecos.
Já o Ericsson 4, assim como seu "irmão", está observando como os "azuis" estão lidando com os fortes ventos do estreito, já que não existe competição tão acirrada entre os barcos nórdicos. O comandante Torben Grael deve estar adotando uma estratégia mais conservadora ainda do que aquela que estava vigorando desde o início da perna, já que no presente momento não existe necessidade de arriscar tanto a tripulação ou o barco.
A equipe do Blog da FENEB estará atenta para trazer até você as últimas notícias sobre a Tempestade das Filipinas e como os veleiros da Volvo Ocean Race estão lidando com ela. Resta a nós pedir a todos os deuses dos mares que protejam os bravos velejadores, que estão nesta regata porque são os melhores velejadores do mundo, devido ao alto nível de competição.

Tempestade causa problemas estruturais em quatro barcos da VOR

50 nós constantes de vento. Ondas de 14 metros. A flotilha da Volvo Ocean Race está passando pelas piores condições desde o início desta perna, talvez até de toda a história da corrida. Dois barcos abortaram a regata, outros dois com sérios problemas estruturais, e os três que ainda passaram ilesos irão enfrentar a força máxima dos ventos do Oriente durante as próximas 24 horas.
Às 10 da manhã (23h00 de ontem, horário da Bahia), ocorreu a primeira baixa: o Puma Ocean Racing (na 1ª foto) havia mudado a proa para o sul enquanto estavam na liderança e ancorado numa baía próxima à cidade de Vigan, nas Filipinas. Três horas e meia depois (02h30 de hoje, horário da Bahia), o então líder Telefónica Black aterrou e demorou três horas para içar a vela de tempestade, pois a mestra (com dois risos) se mostrava "desgovernada". E isso foi ainda enquanto não tinha ficado "difícil".
Às 15h15 (04h15, horário da Bahia), foi a vez do Delta Lloyd buscar abrigo, sem especificar o motivo. Pouco mais de uma hora depois, às 16h30 (05h30, horário da Bahia), o Green Dragon, que já estava com o estaiamento danificado, seguiu o caminho do antigo ABN Amro One e buscou abrigo.
Mais tarde vieram ao conhecimento público as estruturas que haviam sofrido dano: o casco do Telefónica Black sofreu uma rachadura, a retranca do Puma partiu ao meio e o Green Dragon quebrou a antepara de proa, que já estava em risco devido à quebra do forestay. Quem sofreu mais foi, sem dúvida, o Delta Lloyd. Além de ter rasgado a mestra, danificou um dos lemes, teve problemas de casco e ainda está com o trilho do mastro comprometido. Tanto o "dragão verde" como o sindicato anglo-holandês suspenderam a corrida por, no mínimo, 12 horas. Embora ancorados, o Puma e o Telefónica Black ainda continuam na corrida. Daqui a pouco, publicaremos um relatório sobre a situação dos três veleiros que ainda resistem às fortes rajadas: Telefónica Blue (na 2ª foto), Ericsson 3 e Ericsson 4.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O pôr-do-sol é bonito, mas as coisas vão ficar feias daqui a pouco...

Embora o Telefónica Black esteja na frente, a primeira preocupação de quem está atrás na classificação da Volvo Ocean Race não é passar o líder; na verdade, todos, inclusive os comandados de Fernando Echavarri, estão tomando as devidas precauções para os fortes vendavais que deverão atingir a flotilha nas próximas 24 horas.
Por volta das 15h00 (04h00, horário da Bahia), a flotilha provavelmente estará enfrentando o funil de vento criado pelo Estreito de Luzon, que separa a ponta norte das Filipinas do o sul de Taiwan, com 250 milhas de comprimento. As previsões mais recentes indicam ventos de até 50 nós e ondas de seis metros de altura na passagem pelo estreito.
As tripulações já estão preparadas. Na verdade, segundo o skipper do Puma Ocean Racing, Ken Read, "esteja preparado" virou o lema de motivação da tripulação. "Sabemos que tem uma tempestade vindo e estamos 100% preparados para ela. Estamos mais preparados que nunca para esse pequeno problema que está no nosso caminho. Vamos tentar não quebrar nosso barco, o que poderia tirar a gente da perna - ou pior, da corrida."
Dave Endean, do Ericsson 4, revelou que a tripulação do barco sueco está esperando para o "pós-tempestade". "Agora, o encarregado de mídia Ricky Deppe está engatinhando pelo barco com sua câmera para perguntar a todos 'como se sentem' com uma tempestade vindo na sua direção. Bem Ricky, todos nós nos sentimos bem e estamos esperando pelas próximas 48 horas ou mais para quando o vento ficar mais fraco nós podermos voltar a velejar com toda a força."
E, para terminar, o novo navegador do Delta Lloyd, Frits Koek, resumiu numa pequena frase como está a situação da flotilha para quem está no conforto de casa: "Boa noite, do balançante Delta Lloyd".

Alguns dos principais nomes da vela brasileira já estão na Bahia!

Entre os dias 23 e 30 de janeiro o Yacht Clube da Bahia será sede de um dos mais importantes eventos da vela nacional.
O 60º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe reunirá em Salvador nomes de peso da vela nacional, que já se encontram na Bahia em treinamentos para reconhecimento da raia e realizando os últimos preparativos nas embarcações.
O Snipe é um veleiro de 4,70 m de comprimento, tripulado por duas pessoas sendo um timoneiro, que cuida do leme e da vela mestra e o proeiro, que cuida da vela de proa. É uma das mais fortes e tradicionais classes da vela mundial, tendo status de classe Pan-Americana.
No Brasil, a classe Snipe tem alcançado níveis altíssimos de crescimento quantitativo e qualitativo, tendo conquistado medalha de ouro nos dois últimos Jogos Panamericanos. A Bahia também tem contribuido para esse crescimento, ocupando hoje a segunda posição em números de praticantes no país, perdendo apenas para o Rio de Janeiro.
Já está em Salvador, treinando no Yacht Clube da Bahia, o atual Campeão Pan-Americano Alexandre Paradeda. Bruno Bethlem e Danti Bianchi, medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de 2003 também se encontram na cidade, junto com Maurício Santa Cruz, ex-campeão mundial da classe Snipe e atual Bi-Campeão Mundial da classe J-24, que fará dupla com Luiz Felipe Canepa. São cerca de 120 velejadores de diversos estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Sergipe, Alagoas, além da Bahia, muito bem representada por nomes como Mateus Tavares e Luiz Eduardo Perez, Mário Urban e Victor Martins, Marco Oliveira e Marcus Cunha, Rafael Martins e Rodrigo Peleteiro, entre outros.
Serão cinco dias de competições, com 10 regatas previstas, a serem realizadas na raia do Banco de Mar Grande, entre Salvador e a Ilha de Itaparica. As regatas começam apenas no domingo (25), com a realização da regata de abertura, que não somará pontos para o campeonato. Para proporcionar um belo espetáculo ao público, a regata de abertura será realizada entre o Yacht Clube da Bahia e o Morro do Cristo, na Barra. Dessa forma, os cerca de sessenta barcos que irão participar desfilarão bem próximos às praias do Porto da Barra e Farol da Barra.
Na segunda feira (26) começam as regatas válidas para o campeonato que se encerrará no dia 30 com uma festa de entrega de premios na área da piscina do Yacht Clube da Bahia.
Os dias 23 e 24 será reservados para medição e pesagem de todas as embarcações participantes.


release oficial do Yacht Clube da Bahia - foto: André Carvalho

Telefónica Black trabalha pesado e conquista a liderança

O Telefónica Black (na 1ª foto) deu um show de estratégia e de trabalho bem-sucedido ao ser o primeiro time a passar pelo waypoint de South Rock Light às 11 horas da manhã de sexta (meia-noite de quinta para sexta na Bahia) na frente dos que vinham sendo líderes até agora na quarta perna da Volvo Ocean Race, o Puma Ocean Racing e o Telefónica Blue.
Vinham amurados a bombordo o Telefónica Black, Green Dragon e Delta Lloyd, justamente os últimos na classificação geral; mais tarde, Torben Grael e o Ericsson 4 se juntaram a eles. Amurados a boreste estavam os comandados de Ken Read (Puma), Bouwe Bekking (Telefónica Blue) e Magnus Olsson (Ericsson 3).
Na passagem por South Rock Light, o barco negro da Telefónica foi o primeiro. Mikel Pasabant, o representante da equipe de mídia no barco, contou que o trabalho da equipe na orça era "incessante". "Estamos lidando com contínuas mudanças na direção e velocidade do vento, por isso o trabalho no convés era incessante... O ataque final ao waypoint promete ser realmente difícil para a turma da liderança. Agora mesmo estamos envolvidos em mais uma das contínuas cambadas nessa perna de orça. Lutando bravamente e com o moral lá em cima."
Mal o Telefónica Black aproveitou a passagem conseguida com tanto esforço, tinha que se cuidar porque o Puma vinha logo atrás, a 5 milhas, e foi o segundo a passar por South Rock Light. O terceiro, Telefónica Blue (na 2ª foto), passou às 12h20 (01h20, horário da Bahia), a dez milhas do "barco-irmão". O Delta Lloyd passou em quarto, graças ao novo navegador, Frits Koek. Logo atrás, o Green Dragon e a sua "asa quebrada" cruzaram o ponto em quinto. E, nas últimas posições - nós, como Mark Chisnell, "esperamos não ter que escrever isso com tanta frequencia" - estão o Ericsson 4 e o Ericsson 3. Mas, como o próprio Chisnell falou, "sempre há a oportunidade de um grande barco como o Ericsson 4 produzir uma grande virada nas difícieis condições que os esperam."
Nas próximas 24 horas, os sete bravos barcos da flotilha deverão esperar ventos com o dobro da velocidade (de 20 nós para quase 40) e ondas de quatro a cinco metros. Para o Green Dragon, vai ser uma oportunidade de encostarem nos outros barcos: "A boa notícia é que o vento vai ficar mais forte que 20 nós e a code 4 vai estar na sua faixa de melhor aproveitamento e nós devemos ficar mais competitivos," disse o comandante Ian Walker. No site oficial, está o vídeo com o momento exato no qual o forestay, ou estai de proa, quebrou no Green Dragon. Clique aqui para conferir.