
50 nós constantes de vento. Ondas de 14 metros. A flotilha da
Volvo Ocean Race está passando pelas piores condições desde o início desta perna, talvez até de toda a história da corrida. Dois barcos abortaram a regata, outros dois com sérios problemas estruturais, e os três que ainda passaram ilesos irão enfrentar a força máxima dos ventos do Oriente durante as próximas 24 horas.
Às
10 da manhã (23h00 de ontem, horário da Bahia), ocorreu a primeira baixa: o
Puma Ocean Racing (na 1ª foto) havia mudado a proa para o sul enquanto estavam na liderança e ancorado numa baía próxima à cidade de
Vigan, nas Filipinas. Três horas e meia depois (02h30 de hoje, horário da Bahia), o então líder
Telefónica Black aterrou e demorou três horas para içar a vela de tempestade, pois a mestra (com dois risos) se mostrava "desgovernada". E isso foi ainda enquanto não tinha ficado "difícil".
Às 15h15 (04h15, horário da Bahia), foi a vez do Delta Lloyd buscar abrigo, sem especificar o motivo. Pouco mais de uma hora depois, às 16h30 (05h30, horário da Bahia), o Green Dragon, que já estava com o estaiamento danificado, seguiu o caminho do antigo ABN Amro One e buscou abrigo.

Mais tarde vieram ao conhecimento público as estruturas que haviam sofrido dano: o casco do
Telefónica Black sofreu uma rachadura, a retranca do
Puma partiu ao meio e o
Green Dragon quebrou a antepara de proa, que já estava em risco devido à quebra do
forestay. Quem sofreu mais foi, sem dúvida, o
Delta Lloyd. Além de ter rasgado a mestra, danificou um dos lemes, teve problemas de casco e ainda está com o trilho do mastro comprometido. Tanto o "dragão verde" como o sindicato anglo-holandês suspenderam a corrida por, no mínimo, 12 horas. Embora ancorados, o
Puma e o
Telefónica Black ainda continuam na corrida. Daqui a pouco, publicaremos um relatório sobre a situação dos três veleiros que ainda resistem às fortes rajadas:
Telefónica Blue (na 2ª foto),
Ericsson 3 e
Ericsson 4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário