sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Conferência de imprensa cautelosa dos comandantes da VOR


da esquerda para a direita: Fernando Echavarri (Telefónica Black), Bouwe Bekking (Telefónica Blue), Magnus Olsson (Ericsson 3), Torben Grael (Ericsson 4), Ken Read (Puma), Ian Walker (Green Dragon) e Chuny Bermudez (Delta Lloyd)

O discurso dos comandantes dos VO70 participantes na Volvo Ocean Race foi mais relativo à segurança do que à performance. Na conferência de imprensa realizada hoje na marina de Singapura, todos os skippers assumiram posicionamentos cautelosos ao falar da próxima perna, que os levará a Qingdao, na China.
"Queremos ser os primeiros como todo mundo também quer, mas nosso maior desejo é de chegar lá em vez de chegar lá primeiro," disse o comandante do Ericsson 4, Torben Grael. "É uma pequena parada na China e nós teremos uma longa perna até o Rio de Janeiro depois. Teremos também uma in-port race em Qingdao, que significa mais pontos então se você fizer besteira nessa perna você potencialmente perde um monte de pontos."
O principal adversário do nosso compatriota Torben também está cauteloso: "Você tem que olhar a sua posição; se você estiver na liderança, você pode facilmente baixar uns três ou quatro nós como um investimento para o futuro. O difícil vai ser se você estiver brigando com outros barcos e tiver que aliviar. Mas você faz isso quando sentir necessidade," afirma Bouwe Bekking, do Telefónica Blue.
Magnus Olsson, skipper do Ericsson 3, virou o centro das atenções da mídia local ao assumir uma postura mais descontraída: "Eu acho que a gente vai partir com tudo já que os outros vão folgar os panos. Aí eu serei o herói ou serei demitido. Essa perna não tem zonas de exclusão, nos dando chances de ganhar uns pontinhos."
Ao que parece, todos estão preocupados com o comportamento dos VO70 com relação aos enormes desafios dessa etapa: as monções de nordeste, o percurso inteiro com vento na cara, as perigosas e disputadas Ilhas Spratly, a passagem por Taiwan, a maré negra... Como diria o renomado escritor e velejador da America's Cup, Mark Chisnell, "essa é a perna que tem o potencial de fazer as águas do sul parecerem uma opção tranqüila."

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