A chegada em Singapura dos líderes da terceira perna da Volvo Ocean Race foi cheia de emoções para quem assistia e para os próprios velejadores. Com apenas 20 minutos separando os quatro primeiros, qualquer diferencial na trimagem das velas ou no aproveitamento dos ventos poderia significar a vitória ou apenas a quarta posição. Neste Natal, o Papai Noel deu o melhor presente para Bouwe Bekking e sua equipe, que levaram o Telefónica Blue ao alto do pódio. "Como previsto, nada estava decidido até chegarmos perto da linha de chegada. Tivemos toda a emoção nas últimas 50 milhas, desviando de redes de pesca, fazendo ziguezague entre canoas e centenas de navios comerciais, e então o vento mudava de repente de 20 nós para quase zero... Mas nós conseguimos sair do buraco de vento e todos os rapazes fizeram um trabalho maravilhoso. Não poderíamos pedir um melhor presente de Natal," disse o comandante holandês dos azuis. "Nunca os vi tão felizes. Eu os conheço já há algum tempo e normalmente eles são bem tranqüilos, mas eles estavam completamente extasiados quando nós passamos pela chegada. É um presente enorme para nós."
Logo atrás, três barcos lutavam arduamente pelo segundo lugar. No final, a diferença entre eles foi de apenas 2 minutos e 27 segundos. O Puma, que ficou oscilando entre o terceiro e o quinto lugares durante a perna, fez 500 milhas excepcionais na reta final e foi vice na perna. O esforço da tripulação foi exaltado pelo comandante Ken Read. "Muitos de nós não se lembram da última vez que dormimos ou comemos."
Mais atrás, os irmãos Ericsson 3 e Ericsson 4 estiveram separados por apenas 47 segundos na súmula da regata. Para o E3, era um momento de alegria e felicidade total, já que cruzavam a raia em terceiro pela terceira vez seguida na VOR (embora tenham sofrido uma penalização na primeira perna e terminado mais atrás). Anders Lewander parecia mais excitado pelo desafio do que pelo resultado: "Essa perna foi realmente bem difícil... mas foi muito emocionante. Eu gostei muito por causa das táticas e da mistura de condições de vento. "
Já no outro barco sueco, o clima não era tão exaltante assim. Depois de serem cotados como favoritos quase isolados para levar de novo o primeiro lugar na perna e terem estado 30 milhas à frente do segundo colocado um dia antes, Torben Grael e seu time tiveram o azar de serem pegos pelas calmarias, e quando recuperaram o pique já era tarde demais. "A verdade é que tudo podia acontecer, e aconteceu. Tínhamos quatro barcos se alternando na liderança... e o Telefónica Blue teve a última oportunidade e conseguiu segurar a ponta," disse o brasileiro. "Sabíamos que ia ser complicado porque os ventos mudam muito no Estreito (de Malaca). Mas nós não esperávamos perder tanto tão rápido..."
Mais tarde, chegaram também o Telefónica Black, seguido pelo Green Dragon. O Team Russia deve chegar em breve, estando a 9 milhas da chegada segundo o último relatório. Já o Delta Lloyd encontra-se a 168 milhas de Singapura, lutando bravamente contra os danos sofridos na sua quilha.
Na classificação geral, o Ericsson 4 ainda reina, com 35 pontos. No segundo lugar está o Telefónica Blue, com 30.5 pontos. Mais atrás, estão o Puma, com 27.5, o Ericsson 3, com 23.5, o Telefónica Black, com 19.5 e o Green Dragon com 17.5. Ainda faltando chegar, estão o Team Russia, com 10.5, e o Delta Lloyd, com 9 pontos.
fonte: www.volvooceanrace.org
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