Na segunda edição da série "A Copa da Arábia", o Blog da FENEB conta a história do milenar dhow, um tipo de veleiro tradicional da região que serviu de base para o desenvolvimento das caravelas portuguesas na Era dos Descobrimentos.
O dhow (pronuncia-se "dáu") possui várias características únicas, que foram desenvolvidas primeiramente pelos árabes há 3100 anos atrás e que continuaram sofrendo aprimoramentos ao longo dos séculos. Todo o processo de construção do barco e de navegação é considerado pelos árabes como uma obra de arte, que deve ser minuciosamente trabalhada e passada para as próximas gerações.
Uma das principais diferenças do dhow para os veleiros utilizados por outros povos na Antiguidade está na propulsão. Os árabes já haviam desenvolvido velas trapezoidais com um formato muito próximo ao triangular, que mais tarde dariam origem às "velas latinas" em forma de triângulo, como as que usamos hoje nas nossas embarcações. Outra singularidade está nos diversos tipos de cascos: existem dhows com popas semelhantes aos veleiros ocidentais (baghlah) e até mesmo alguns (badan) com estrutura semelhante aos nossos saveiros!
Mas por quê os árabes desenvolveram os dhows? Primeiro, eles precisavam de um veleiro rápido e com facilidade de manobra para poder fazer comércio com povos distantes, como indianos, africanos e chineses. Segundo, o dhow é perfeito para se acessar os recifes onde se encontram as ostras que produzem as mais finas pérolas do mundo. Ras al-Khaimah foi um dos mais importantes centros de comércio na Era das Navegações, quando os dhows faziam as trocas entre o Ocidente e o Oriente.
Hoje em dia, assim como os saveiros baianos, muitos dhows perderam seus mastros e receberam potentes motores, especialmente para transporte de passageiros e cargas. Contudo, a contribuição que este veleiro teve para a História da vela nunca poderá ser apagada. O desenvolvimento das velas triangulares possibilitou um melhor aproveitamento do vento e, junto com o leme, finalmente deu total capacidade ao navegador de ir e voltar ao mesmo porto com quase qualquer condição de vento.
Na semana que vem, confira mais uma reportagem da série "A Copa da Arábia" e, durante a semana, acompanhe as últimas notícias sobre a 33ª America's Cup aqui, no Blog da FENEB.
Uma das principais diferenças do dhow para os veleiros utilizados por outros povos na Antiguidade está na propulsão. Os árabes já haviam desenvolvido velas trapezoidais com um formato muito próximo ao triangular, que mais tarde dariam origem às "velas latinas" em forma de triângulo, como as que usamos hoje nas nossas embarcações. Outra singularidade está nos diversos tipos de cascos: existem dhows com popas semelhantes aos veleiros ocidentais (baghlah) e até mesmo alguns (badan) com estrutura semelhante aos nossos saveiros!
Mas por quê os árabes desenvolveram os dhows? Primeiro, eles precisavam de um veleiro rápido e com facilidade de manobra para poder fazer comércio com povos distantes, como indianos, africanos e chineses. Segundo, o dhow é perfeito para se acessar os recifes onde se encontram as ostras que produzem as mais finas pérolas do mundo. Ras al-Khaimah foi um dos mais importantes centros de comércio na Era das Navegações, quando os dhows faziam as trocas entre o Ocidente e o Oriente.
Hoje em dia, assim como os saveiros baianos, muitos dhows perderam seus mastros e receberam potentes motores, especialmente para transporte de passageiros e cargas. Contudo, a contribuição que este veleiro teve para a História da vela nunca poderá ser apagada. O desenvolvimento das velas triangulares possibilitou um melhor aproveitamento do vento e, junto com o leme, finalmente deu total capacidade ao navegador de ir e voltar ao mesmo porto com quase qualquer condição de vento.
Na semana que vem, confira mais uma reportagem da série "A Copa da Arábia" e, durante a semana, acompanhe as últimas notícias sobre a 33ª America's Cup aqui, no Blog da FENEB.
fonte e fotos: Wikipédia e www.nabataea.net
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